Rádio Harpa cristã

19 de agosto de 2010

Finalmente acabou!!


Última brigada de combate dos Estados Unidos deixa o Iraque
Cerca de 2 mil soldados entraram no Kuwait e outros 2 mil deixam Iraque de avião

A última brigada de combate dos Estados Unidos deixou o Iraque na madrugada desta quinta-feira. Trata-se de um marco na retirada das forças norte-americanas do país, após sete anos da invasão liderada pelos EUA, que derrubou o ditador Saddam Hussein.

A retirada ocorre dois dias após um suicida matar 61 pessoas em um centro de recrutamento na capital iraquiana, no ataque mais violento deste ano. O ataque gerou temores sobre a capacidade das forças locais de cuidar da segurança do Iraque.

Antes do amanhecer, a 4ª Brigada Stryker, 2ª Divisão de Infantaria, cruzou a fronteira e entrou no vizinho Kuwait, antes da planejada declaração do fim das operações de combate no Iraque. O prazo inicial determinava que essas operações se encerrassem até o próximo dia 31.

— Isso é grandioso para mim. Como comandante, significa que todos os meus soldados estão a salvo dentro do Kuwait e se preparando para voltar para suas famílias — disse o chefe da 4ª Brigada Stryker, o coronel John Norris.

A brigada percorreu cerca de 500 quilômetros, do Iraque central até o Kuwait, atravessando o que os militares dos EUA consideram como "território perigoso" onde operam extremistas xiitas e existe o risco de bombas serem enterradas sob as rodovias.

Nenhum incidente, contudo, foi reportado, e cerca de 2 mil soldados da brigada cruzaram o passo fronteiriço de Khabari e entraram no Kuwait. Outros 2 mil soldados da brigada estão deixando o Iraque de avião. A brigada, que estava no Iraque desde 2003, perdeu 34 soldados na guerra.

— A última (brigada) cruzou (a fronteira) por volta das 6h desta manhã — disse o coronel Eric Bloom.

Os soldados ficarão alguns dias limpando e preparando seus equipamentos, e devem então voar de volta para os EUA.

Há várias bases militares norte-americanas no deserto norte do Kuwait, próximo da fronteira com o Iraque. Existe nesse país também uma base naval, que foi usada como base de lançamento para a invasão.

Cerca de 52 mil soldados norte-americanos, porém, permanecem no Iraque, disse o general Robert Cone. O número deve cair para 50 mil até 1º de Setembro, menos de um terço do auge do reforço das tropas em 2007.

A retirada coincidiu com a chegada do novo embaixador dos EUA no Iraque, James Jeffrey, que apresentou suas credenciais ao presidente Jalal Talabani nesta quarta-feira. A chegada de Jeffrey ocorre em um momento de impasse político no Iraque, que não tem um governo ainda formado após as eleições de março, e também no meio do Ramadan, mês sagrado para os muçulmanos onde eles fazem jejuns e quando os ataques insurgentes também costumam ser mais frequentes.

A Casa Branca afirma que manterá o cronograma para retirar o último soldado do Iraque até o fim de 2011. O país, porém, ressalta seu comprometimento de longo prazo com os iraquianos.

Um porta-voz do Departamento do Estado notou que o conflito teve um "algo preço", após mais de 4,4 mil soldados norte-americanos terem morrido e mais de US$ 1 trilhão ter sido gasto no Iraque desde a invasão, em 2003.

Em Washington, o porta-voz das forças americanas no Iraque, o general Stephen Lanza, disse à emissora de televisão CBS que as tropas iraquianas têm demonstrado profissionalismo e poderão lidar com a segurança do país.

Fonte: Diário Catarinense

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