A Prefeitura de Guarulhos cassou o alvará provisório de funcionamento da Cidade Mundial, nova sede da Igreja Mundial do Poder de Deus que foi inaugurada no dia 1º de janeiro próximo ao Aeroporto de Cumbica. O prefeito Sebastião Almeida assinou a cassação na última sexta-feira, 20.
A decisão foi tomada depois que o vereador Geraldo Celestino (PSDB) ingressou na Justiça com uma Ação Popular para questionar a legalidade da licença provisória que autorizava os cultos do megatemplo sem antes fazer um estudo sobre os impactos viários que a quantidade de fiéis trariam para a região.
A assessoria de imprensa informou que a motivação da suspensão do alvará é a ausência do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) e por esse motivo a prefeitura antecipou sua decisão sobre o caso. No documento está escrito que o templo só será liberado depois que IMPD apresentar todos os requisitos solicitados pela Prefeitura.
“Vale ressaltar que a licença foi concedida mediante a um protocolo apresentado pela Igreja Mundial do Poder de Deus, referente a um pedido de vistoria de obtenção do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, sob o nº 014420. Normalmente, o Corpo de Bombeiros vai ao local antes do evento para confirmar se as estruturas do imóvel apresentam condições para realização do mesmo. Portanto, a licença é fornecida sem o AVCB, mas sua validade está condicionada à emissão do documento por parte do Corpo de Bombeiros”, diz trecho do texto.
Para o vereador que pediu a interdição do templo a resposta do município mostra que ele tinha razão. “Isso mostra que meus questionamentos tinham fundamentos técnicos e estavam corretos. Ao contrário do que muitos insinuaram em nenhum momento se tratou de questão religiosa”.
No dia que a Cidade Mundial foi inaugurada as rodovias que dão acesso à região tiveram congestionamento recorde chegando a atrasar muitos passageiros que estavam com horários de vôos marcados.
O templo tem capacidade para receber 150 mil pessoas, mas a Prefeitura estava preparada para receber apenas 30 mil, com a quantidade de pessoas e ônibus de viagem que traziam as caravanas a três rodovias da região ficaram intransitáveis trazendo impactos ruins para a cidade.
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