Um clérigo muçulmano, Abu Islam rasgou a Bíblia e queimou suas páginas em mais um ato de protesto contra o filme ofensivo ao Islã, Inocência do Muçulmanos. O filme já deflagrou a ira de muçulmanos em diversos países islâmicos e na Líbia causou a morte do embaixador norte-americano, Chris Stevens.
Segundo a MNN, o ato de Islam recebeu aprovação da população egípcia, onde o protesto foi feito.
Ele ainda teria declarado que da próxima vez iria “fazer meu neto urinar sobre a Bíblia”. E ainda citou o texto usado para justificar seu protesto: “como diz o ditado, olho por olho, dente por dente”.
O fato gerou muitas reclamações de cristãos coptas no Egito, de acordo com a MNN.
Mustafa Maraghy, professor de Direito na Universidade do Cairo e presidente da Coalizão Copta, apresentou uma queixa citando Abdullah de “desprezo da religião, perturbação da segurança pública e da paz.”
Também um advogado da Coligação Copta do Egito apresentou uma queixa contra Abdullah por danificar a Bíblia e por insultos feitos ao cristianismo por meio de livros e seu canal de TV Nação Islâmica.
Um porta-voz da União da Juventude Maspero (MYU) afirmou: “se condenamos o produtores do filme que vivem fora do Egito, também devemos condenar esse ato vergonhoso”, disse, enfatizando a necessidade de punir Abu Islam para suas ações.
A MYU é um grupo de jovens cristãos coptas que forneceram informações para o mundo sobre a manifestação de outubro de 2011. A mobilização foi atacada pelo exército e por uma multidão extremista resultando em 26 mortos e centenas de feridos.
Por Jussara Teixeira
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